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"Vivo na espera da Ideia, a pressinto, a cerco, apodero-me dela, e não posso formulá-la, ela me escapa, não me pertence ainda: a terei concebido em minha ausência? E como, de iminente e confusa, torná-la presente e luminosa na agonia inteligível da expressão? Que estado devo esperar para que ela floresça e murche?"
"Vivo na espera da Ideia, a pressinto, a cerco, apodero-me dela, e não posso formulá-la, ela me escapa, não me pertence ainda: a terei concebido em minha ausência? E como, de iminente e confusa, torná-la presente e luminosa na agonia inteligível da expressão? Que estado devo esperar para que ela floresça e murche?"
E.M. Cioran, trecho inicial de "o pensador
de ocasião" | "Breviário de
decomposição", 1949
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