"Nenhuma dessas duas figuras de analogia convém ao devir, nem a imitação de um sujeito, nem a proporcionalidade de uma forma. Devir é, a partir das formas que se tem, do sujeito que se é, dos órgãos que se possui ou das funções que se preenche, extrair partículas, entre as quais instauramos relações de movimento e repouso, de velocidade e lentidão, as mais próximas daquilo que estamos em vias de nos tornarmos, e através das quais nos tornamos. É nesse sentido que o devir é o processo do desejo. Esse princípio de proximidade ou de aproximação é inteiramente particular, não reintroduz analogia alguma. Ele indica o rigorosamente possível uma zona de vizinhança ou de co-presença de uma partícula, o movimento de toda partícula quando entra nessa zona."
do desejo/do desenho?
...segue (ou volta)
"Cantar ou compor, pintar, escrever não tem talvez outro objetivo: desencadear esses devires."
(Deleuze & Guattarri, Mil Platôs - capitalismo e esquizofrenia - vol. 4)