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Desenho, para mim, é
algo específico: análise. Cor: emoção.
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(...) Eu uso tudo, gosto dos
materiais, acho que cada um conta uma história diferente e me envolvo com
todos, que não são complicados. Se começam a ficar muito complicados já não
quero mais. Os materiais não foram feitos para se tornarem mistérios. O curioso
é que comecei com uma técnica complicadíssima: a têmpera a ovo. Todo dia era
preciso fazer aquela gemada, juntar verniz e não sei mais o quê. Parava um
minuto, ia ao banheiro e na volta encontrava tudo estragado, a mistura tinha
virado uma borracha. (foi quando resolvi que os ovos estavam muito caros, e com
esse custo de vida, não era mais possível).
Wesley Duke Lee,
arte brasileira
contemporânea – Mec/Funarte, 1980.
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