Uivôo - Edgar Braga, 1969
Braga agarra o pincel e
caligrafa. Seus garranchos súbitos tem o frescor da garatuja (a mão do velho
qual a da criança sonha), sujam o branco da página de sentido, fogem pela
tangente, reagem e guardam a esgrimação, a esgrimatura, o que maturou o signo.
Tal um rasgo oblíquo, uma nesga de som traduzido - pois é a mão quem fala e
estende o grito: uivoô de asa em seu todo sentido, impera em silêncio o seu
quase ruído.
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