O que uma
coisa é quem pode sabê-lo?
(Assim como o
rio ou o passante que já são outros...)
Estar
diante deste “é”, abrindo o mar de especulações, onde surgem as ideias...
E
sobre as coisas e sob as causas as caudas ideias que pontificam o horizonte de
ponto a ponta.
A
gambiarra é, por suposto, a origem da linguagem. Seu ápice associativo –
pré-simbólico, onde um isso + um aquilo gera outro possível, gametas
improvisados ou provisórios. A gambiarra é o instante em teste, o alcance da
mão, um fio desencapado.
Assim,
a especulação torna-se um tipo de estado (transito), donde, determinada
situação vai gerando outros estados em função de suas necessidades. A gambiarra
expressa uma necessidade traduzida pela inteligência numa forma ativa,
concreta, íntegra.
Seu
desígnio relaciona-se com a dimensão da
estética, da estética da fome, "pobre", "precária", porém ilimitada, (pois urgente). Encontra vieses de
estilo como pensamento e arte, ver: Schwitters, Bruscky, Dumas, Nassar, Cao
Guimarães, Duchamp, Brossa, Beuys, Cage, dentre outros.
A
gambiarra como pensamento/ação, une “paratáticamente” tais instâncias para uma síntese eficaz –
associa e gera.
A simbiose é o movimento consanguíneo de matéria e sentido girando no coraçãocabeça, uma movência que desencadeia o jogo do pensar/sentir. O fazer é uma eficácia possível, produto de uma intenção ou de uma situação que forma uma algo nalgum lugar, seja no mundo objetivo ou no subjetivo. Ter um insight ideia é um tipo de erosão = fenômeno natural, situacional, des-encadeado, que irrompe a superfície num ato de deformação, de trans-formação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário